Os analistas de televisão costumam afirmar que a cultura (pelo menos a "alta") nunca encontrou na televisão uma boa aliada. Isso tem a ver, naturalmente, com os pesados interesses econômicos e políticos que esmagam a televisão, mas também com os formatos estandardizados, pouco ou nada modificáveis, que dificultam a realizadores mais inquietos a tarefa de propor projetos arrojados, criativos e avançados artisticamente. Metrópolis (TVE, Espanha) é um programa que deu um passo significativo na aliança entre televisão e arte contemporânea, primeiro pelas temáticas abordadas, segundo pela forma original de apresentar a arte e terceiro pela destreza na utilização das possibilidades expressivas do meio televisivo. Por essa razão, fica sempre uma pergunta pertinente com relação a esse programa: Metrópolis é um programa sobre a arte contemporânea ou é um programa de arte contemporânea? Embora usando basicamente um formato de revista cultural bastante conhecido, o programa em si, independentemente de seus conteúdos, pode ser considerado uma manifestação artística, pela ousadia visual e acústica com que ele elabora cada emissão, atualmente com muitos recursos de computação gráfica.
Television researchers often claim that culture (at least the "high") have never found a good ally on television. This has to do, naturally, with the heavy political and economic interests that squeeze television, but also with standardized formats, little or no modifiable, which hinder the filmmakers more restless the task to propose bold, creative and artistically advanced projects. Metrópolis (TVE, Spain) is a program that has made a significant step in the alliance between contemporary art and television, first by the original thematics, second according to the original way to present the art and third by the dexterity in the use of expressive possibilities of the television medium. For this reason, there is always a pertinent question regarding this program: is Metropolis a program about contemporary art or is it a contemporary art program? Although using basically a quite well-known cultural magazine format, the program itself, regardless of its content, can be viewed as an artistic manifestation considering its daring visual and acoustic that draw up each issue, currently with many computer graphics resources.